MENDEL
Gregor Mendel
As leis da hereditariedade que revolucionaram a Biologia e tornaram-se a base da Genética Moderna foram descobertas por um monge austríaco — Gregor Mendel. Seu trabalho foi ignorado durante toda sua vida, pois a comunidade científica da época não foi capaz de absorver suas idéias que se opunham à noção darwiniana vigente.
Permaneceu na escola até os 21 anos, quando entrou para o monastério em Brunn (hoje, República Tcheca), grande centro intelectual. Seguindo o costume, ao tornar-se monge, adotou outro nome: Gregor. Aos 25 anos, tornou-se sacerdote e aprendeu a língua tcheca. Estudou na Universidade de Viena, tendo contato com ciência avançada e retornou a Brunn, onde lecionou durante catorze anos como professor de Física e História Natural. Além da hereditariedade, Mendel pesquisou também sobre Botânica, horticultura, Geologia e Meteorologia, deixando inúmeras contribuições para o estudo do fenômeno dos tornados.
Os experimentos mais famosos de Mendel foram realizados com ervilhas de jardim, no monastério onde vivia. Foi a partir dessas experiências que ele estabeleceu as leis que hoje levam seu nome: Mendel realizou centenas de cruzamentos entre plantas de características diferentes porém da mesma espécie, anotando os resultados e observando que certas características das plantas resultantes de sucessivos cruzamentos predominavam em proporção constante.
Ele provou que, ao contrário de outros organismos que se reproduzem sexualmente, as plantas das ervilhas produzem sua prole por meio da união de gametas – células reprodutivas, ou seja, espermatozóides no homem e óvulos na mulher. Embora a questão da hereditariedade seja bem mais complicada do que o cruzamento de ervilhas, Mendel descobriu um princípio genético fundamental: a existência de características como as cores das flores que, segundo ele, é devida a um par de unidades elementares de hereditariedade, hoje conhecidas como genes.
Do resultado de suas observações foi originado um trabalho publicado em 1866, sob o título "Experimentos com Plantas Híbridas", em que Mendel formulou suas três teorias básicas: as famosas Leis de Mendel. A primeira lei também é conhecida por princípio da segregação dos caracteres, em que as células sexuais, femininas ou masculinas, devem conter apenas um fator para cada característica transmitida. A segunda lei trata do princípio da transferência dos caracteres, isto é, cada característica hereditária é transmitida independentemente das demais. Na terceira lei, Mendel formulou os conceitos da dominância, em que os seres híbridos apresentam um caráter dominante que encobre segundo determinadas proporções o chamado caráter recessivo.
Após 1868, em função de sua eleição para superior do mosteiro, não pôde mais dar continuidade as suas pesquisas, vivendo o resto da vida em obscuridade. Em 1900, outros pesquisadores confirmaram suas hipóteses, dando à Mendel o título de pai da genética.
O trabalho de Mendel passou a ter grande reconhecimento no meio científico apenas a partir do início do século XX. Atualmente, sabe-se que as teorias de Mendel são apenas parcialmente válidas. No entanto, é unicamente dele o mérito de ter provocado o primeiro grande salto na história da ciência quanto à formulação das teorias sobre os mecanismos que regem a transmissão de características hereditárias.
Johann Gregor Mendel nasceu em Heinzendorf, na Silésia austríaca, região pertencente ao atual território da República Tcheca, no dia 22 de julho no ano de 1822. Morreu no dia 6 de janeiro de 1884, na atual cidade de Brno, na Morávia, aos 62 anos.
Fonte: ctjovem.mct.gov.br